INVEJA:
Que sentimento será esse?
Inveja é um dos sentimentos que pode causar as maiores dores no
ser humano. Geralmente, quando existe uma estima de algum objeto de desejo, e
ainda se este der status, a inveja se instala. (Diz-se objeto de desejo para
coisas não palpáveis também). É fruto também da comparação com as outras
pessoas. Ela não existe sem que antes o indivíduo não tenha feito comparações. É
a auto-aversão por não ser como os outros são.
É preciso contudo, diferenciar a inveja, da busca do bem-estar.
Pode se dizer que é errado trabalhar, lutar para se conquistar o objeto de
desejo? O desejo pela conquista do objeto que nos falta, quando feito com
humildade e honestidade, não é inveja.
Se uma pessoa destaca-se em alguma atividade, por mais tola que
possa parecer, o invejoso está pronto para aparecer e apontar o dedo e tentar
minimizar o feito de seu próximo. Um eletrodoméstico novo, um tênis da moda, ou
mesmo um brinco bem colocado em combinação com uma roupa extremamente comum, já
se torna motivo para elogios, nem sempre sinceros. Surge um sentimento de raiva,
de ira, porque geralmente o invejoso sente-se muito mais merecedor da conquista
do que o outro. O invejoso não agüenta ter uma outra pessoa invadindo seu
território, que em sua lassidão, deixou de ocupar, por pura incapacidade e ou
inércia. O invejoso é capaz de boicotar, de fofocar de fazer armadilhas, a fim
de destruir o outro. Quer provar, ao menos para si mesmo, que ele é melhor. Mas
no seu íntimo, sente-se menor do que os outros, aumenta, se vangloria, enaltece
a si mesmo, pois dessa forma abranda o mal-estar do desequilíbrio. Fala
excessivamente bem das próprias coisas, procurando diminuir o outro através de
crítica. Não percebe muitas vezes suas frustrações, é como se nem existissem,
porque logo está de prontidão, pronto para realizar mais um feito de diminuição,
descaracterização, burlando suas próprias angústias.
Geralmente, as mulheres exteriorizam mais esse sentimento do que
os homens. Estes, procuram outras saídas na exteriorização desse
sentimento.
Você com certeza já ouviu frases (ou pensamentos) assim vindas do
homem (o que não significa que não venham de uma mulher também):
"Nossa, que bonito carro, gostaria de ter um assim!"
"Que trabalho interessante, queria tê-lo feito!"
"Olha só, que namorado(a) lindo(a), podia ter a mesma sorte!"
Se a surpresa diante de algo, for digna e generosa, não há inveja
destrutiva. Trata-se apenas de um incentivo, um grande estímulo para que nos
empenhemos em adquirir novas virtudes, produzir melhores trabalhos, realizar
melhores conquistas amorosas.
Talvez esse processo todo venha da convivência no ambiente
familiar, onde comparações são freqüentes, sem contar com a sociedade, que
propaga na mídia processos comparativos, entre as várias marcas
apresentadas.
A melhor solução pode estar na forma de utilizar e de encarar a
inveja, que, visualizada em termos comparativos pessoais de evolução, do antes e
depois, do ontem e do hoje, deixa de ser inveja destrutiva para ser uma inveja
de auto-estímulo. Ou seja, o padrão de comparação deixa de ser externo e passa a
ser interno.
Aqueles que sabem fazer o bom uso da inveja, utilizam frases
assim:
"Nossa, que bonito carro. O meu também me conduz, antes andava a
pé!"
"Que trabalho interessante. Eu posso aprender com ele, antes nem
sabia como fazer!"
"Que namorado(a) lindo(a). A minha é tão companheira, antes me
sentia só!"
O
objeto de desejo, só nos dá satisfação, quando a conquista é nossa, e não quando
é feita em cima da conquista do outro. Destruir o outro, não fará você chegar
aonde o outro chegou. Sua personalidade, desejos, características não são iguais
as das outras pessoas, então não adianta usar as demais pessoas como medidas
para a vida que é SUA.
EITA INVEJA GRANDE DO PODER NÃO É SR. EDILSON ALVES!